palavrinhaserelepe

domingo, 10 de junho de 2007

.sobre a vontade de parar o tempo.

São cinco da tarde agora e por mais alguns anos. Anos esses que eu passo lendo, lendo, pensando, descobrindo pessoas que já foram, pensando mais e lendo, lendo, lendo...

As gráficas pararam no meio da impressão do próximo best-seller, quem sabe o primeiro livro que eu comprarei quando a Terra voltar a girar.

O cantor ficou de boca aberta bem no ínicio do refrão da música que gravava, terei prazer em descobrir o seu som por indicação de um amigo.

Eu? eu acabara de fechar o livro que ganhei no meu último aniversário e imediatamente coloquei no topo da lista de obras a serem lidas até o final do ano e nem me dei conta de que tudo e todos pararam até que vi as cortinas do quarto infladas por um vento imóvel.

Contudo eu me movia. Percebi até um ritmo mais acelerado nos meus movimentos, nos pensamentos e nos olhos. Eu estava inquieta e embora tudo me parecesse estranho, eu agia naturalmente, e foi com calma e velocidade que li e pensei os clássicos. Um tanto de filosofia. Outro de literatura. Um passeio pelas artes.

E quando a missão me pareceu cumprida, voltei ao ritmo normal. As cortinas voltaram a dançar. O cantor soltou o refrão. As máquinas voltaram a trabalhar. O sol se pôs.

Uma vontade acabara de se realizar, e eu estava feliz por ver tudo se mexer novamente.

1 Comments:

Blogger Unknown said...

Lindo. Ler isso ainda escrito à mão, poder refutar e ouvir seu último argumento ao dizer que é uma menina organizadinha foi uma honra.

Parabéns Silvinha.

6:38 PM  

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