.vinicius.
Não lembro ao certo quando o conheci, talvez tenha sido no colégio, estudando um dos seus sonetos ou aquelas músicas-poema que caíram no gosto do povo e da Educação brasileira.
Lembro bem que ganhei de aniversário o seu Livro dos Sonetos. Passei uns dois meses lendo e relendo, sem tirá-lo da bolsa. Pouco depois, veio o filme e só aí, só aí, veio a música.
Durante meses, eu frequentei semanalmente um samba que só tocava ele.
Não sei se por essa overdose ou se por obra dos deuses, encontrei um ídolo para a vida inteira.
Ler, ouvir e ver Vinicius é, para mim, como encontrar um velho amigo, daqueles que já não te surpreendem pela ousadia e daqueles com os quais você se identifica completamente.
Vinicius era exatametne (veja bem, exatamente) como eu imaginava que ele fosse. Leio biografias e entrevistas como se lesse um déjà vu.
Vinicius deixou em mim a paixão por paixão, a impaciência diante do amor sem paixão e, sobretudo, a beleza. Ah, quanta beleza!
Por tudo, velho camarada, saravá!
.18/01/2009.
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