palavrinhaserelepe

sexta-feira, 25 de junho de 2010

.das conversas esclarecedoras com os amigos.

_ Eu tenho é que parar de amar.
_ E isso pode?
_ Não sei, só sei que o meu mal é amar demais.







.tenho mesmo muito amor em mim.

terça-feira, 22 de junho de 2010

.morenar.

Se do seu nome a vida fizesse um verbo, viajaríamos toda semana para os lugares mais estranhos e faríamos amigos a cada duas horas.
Se do seu nome a vida fizesse um verbo, as pessoas levariam as brincadeiras na brincadeira e todo mundo dançava quadrilha no meio do carnaval.
Se do seu nome a vida fizesse um verbo, a internet tomaria outra dimensão e ligaria as pessoas como um abraço de corpo inteiro.
Se do seu nome a vida fizesse um verbo, ele significaria “correr atrás da vida” e seria bitransitivo, pra não deixar escapar nenhum pedacinho da beleza da vida.



Ao meu amigo Moreno, Meu Moreno; pela amizade que dá asas e que torna tudo possível.

sábado, 19 de junho de 2010

.resposta.

Vitor,
O coração é mesmo feito de bilhetes. E os bilhetes são corações que espalhamos por aí pra encher o coração de outra pessoa ao mesmo tempo que enchemos o nosso de um carinho sincero. Eu tive vontade de te escrever exatamente porque conheço os seus bilhetes, porque enchi o meu coração deles por anos e anos até que o meu carinho transbordou.

Dona vaidade, não pese demais. Desespero assusta a delicadeza e cega os olhos. E os meus olhos grandes gostam mesmo é de vê-la dançar bem leve como a pluma da Felicidade de Vinicius.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

.balanço anual.

_ Pois bem, pois bem... O que aconteceu esse ano?
_ Um monte de coisas, é o que dizem.
_ Quanto amor você dispensou esse ano? Gastou amor à toa, será?
_ Amor não se acaba logo, não se acaba fácil.
_Quantas vezes você se sentiu só esse ano, menina?
_ E isso lá é coisa que se conte? É como saber dizer exatamente quantos sorrisos você deu num ano.
_ Quantos foram realmente verdadeiros e quantos foram para que falassem como o seu sorriso é bonito? Já disse que elogio pedido é elogio desperdiçado.
_ Mas quando se está só, pede-se de um jeito quase mudo. Às vezes vale.
_ Quantos aniversários você esqueceu esse ano? Quantas novidades você soube por último? Quantos telefonemas você recebeu? E quantos deu? Quantas vezes quis ser lembrada? Quantas músicas você ouviu? Quanto você sentiu esse ano? Quantas vezes você quis gritar? Chorar? Se teletransportar? Diga pra mim, mocinha, quantas vezes você sentiu saudade esse ano?

_ Estou cada vez pior, de contas e de memória. Agora me diga, doutor: o que meus olhos te dizem?






_ Ah, menina...